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Estratégias para a prevenção de infecção hospitalar


A prevenção de infecção hospitalar constitui um desafio persistente na área da saúde pois o quadro representa risco para os pacientes e aumenta o uso de recursos hospitalares. Por isso, é uma grande preocupação e a responsabilidade em controlá-lo é papel inerente das equipes de cuidados1.

Profissionais de enfermagem são protagonistas na luta contra as infecções hospitalares devido ao seu papel central nos cuidados prestados. Embora não sejam os únicos responsáveis, eles são indispensáveis nas ações de prevenção e controle de infecção2.

Como a enfermagem pode prevenir as infecções hospitalares?

No Brasil, é obrigatório que os hospitais tenham um programa de controle e prevenção de infecção hospitalar. Neste contexto, uma série de medidas devem ser tomadas e supervisionadas por uma Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH), como, por exemplo, a capacitação dos funcionários e a implementação e supervisão de normas e rotinas3.

Embora a lavagem das mãos permaneça como o alicerce incontestável das estratégias de controle de infecções, um conjunto de outras abordagens faz parte do papel da enfermagem na prevenção de infecção hospitalar4.

Lavar as mãos ainda é o cuidado mais importante

Não custa repetir, embora seja um conhecimento básico de profissionais da enfermagem: a lavagem das mãos é a ação mais importante para a prevenção de infecção hospitalar3. Mesmo assim, esta simples prática ainda não é realidade em muitas instituições de saúde5.

A OMS tem uma estratégia muito conhecida chamada "Meus 5 momentos para a Higiene das Mãos", que é uma abordagem prática e baseada em evidências para melhorar a higiene das mãos em contextos de cuidados de saúde. Essa estratégia destaca cinco momentos críticos em que a higiene das mãos é fundamental4:
  1. Antes de tocar o paciente.
  2. Antes de realizar procedimentos assépticos.
  3. Após risco de exposição a fluidos corporais.
  4. Após tocar o paciente.
  5. Após tocar superfícies próximas ao paciente.
Mas dados de 2019 da OMS mostram que, ao redor do mundo, um terço das unidades de saúde não tinha o necessário para lavar as mãos onde os cuidados eram prestados, carecendo de serviços básicos de água e saneamento5.

Estudos realizados em hospitais brasileiros mostram que há problemas por aqui também, seja pela higienização não estar completamente incorporada6 à rotina, ou por má execução – em um estudo, apenas 40,9% dos técnicos em enfermagem e 60% dos enfermeiros praticaram a técnica correta de higienização das mãos, além de 14,3% dos médicos7.

A OMS possui uma estratégia para melhorar a higiene das mãos baseada em educação e avaliação, que é recomendada também pelo Ministério da Saúde4. Um estudo brasileiro que acompanhou a implementação de ações inovadoras de educação em higienização de mãos baseadas nesta estratégia verificou uma queda no número de pacientes infectados por germes multirresistentes de 3,24%, no ano anterior ao início do plano, para 1,74% no ano seguinte ao início8.

Educação para ensinar como evitar infecção hospitalar

A educação permanente em saúde é uma importante estratégia de prevenção de infecção hospitalar9. A prática de cursos, encontros, workshops e outras ações estruturadas com o objetivo de atualizar os conhecimentos e oferecer novas informações aos profissionais da enfermagem reduzem o número de infecções hospitalares em UTIs10.

É um consenso que a higiene das mãos deve fazer parte de todas as campanhas educativas sobre infecções hospitalares11. Mas o fato de existirem dificuldades na implementação de uma atividade tão simples é um bom exemplo da necessidade de uma abordagem mais criativa, adaptativa e educativa para ensinar como evitar infecção hospitalar8.

A seguir, listamos quais são as medidas para prevenir a transmissão de infecções feitas com base em documentos da Anvisa11,12 e que devem fazer parte dessas ações educativas.

Vestimenta apropriada

Jalecos, aventais e uniformes podem disseminar microrganismos resistentes, e, portanto, é necessário cuidados referentes a armazenamento, lavagem e disponibilização do número suficiente de roupas, favorecendo a maior frequência de troca, além de evitar usá-los fora do ambiente de atendimento11

Cuidados pessoais

Manter a higiene pessoal em dia, incluindo uma rotina de banho regular e a troca de roupas limpas, ajuda a reduzir a carga microbiana no corpo. Essas práticas simples contribuem significativamente para a prevenção de infecção hospitalar11.

Uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPI)

Os EPIs são essenciais para proteger profissionais de saúde e pacientes. Ao usar luvas, máscaras, aventais e óculos de proteção quando necessário, os profissionais de saúde evitam a exposição direta a fluidos corporais e micro-organismos, o que é especialmente importante em casos de pacientes com doenças infectocontagiosas11.

Manuseio de equipamentos

A esterilização e desinfecção rigorosas de instrumentos cirúrgicos e superfícies de trabalho impedem a proliferação de micróbios. Além disso, a troca regular de equipamentos como tubos de ventilação mecânica, nebulizadores e outros dispositivos também contribuem para a redução do risco de infecções associadas aos cuidados de saúde12.

Uso de antibióticos

O uso responsável de antibióticos é vital para combater infecções hospitalares e prevenir a resistência bacteriana. A prescrição seletiva, a escolha apropriada do antibiótico, a duração correta do tratamento e o monitoramento cuidadoso contribuem para manter a eficácia desses medicamentos e evitar o desenvolvimento de bactérias resistentes13.

Uso de celulares e dispositivos eletrônicos

Existem aplicativos de educação científica, por exemplo, sobre sepse, que podem ajudar no dia a dia mas é preciso ter cuidado com o uso de aparelhos celulares durante a jornada de trabalho de profissionais da saúde, pois esses dispositivos também aumentam o risco de infecções hospitalares e precisam passar por protocolos de higienização14.

Educação, treinamento, monitoramento e feedback

Além da educação contínua e o treinamento com programas de capacitação para profissionais de saúde, é importante o monitoramento constante para avaliar a eficácia das estratégias de prevenção de infecção hospitalar e ajustar abordagens conforme necessário9.

Assim, cabe a gestores estimularem a educação continuada da equipe por meio de, por exemplo, discussões e reflexões em grupo, e quem está no contato direto com o paciente deve realizar um emprego cuidadoso desses conhecimentos, através de técnicas de higiene e uso de EPI no dia a dia13, além de estarem atentos se os protocolos estão sendo cumpridos e gerando resultados.

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Referências
1. Pereira MS, et al. A infecção hospitalar e suas implicações para o cuidar da enfermagem. Texto contexto - enferm. 2005;14(2). Disponível em: https://www.scielo.br/j/tce/a/d4FFrGX8Jm4MNDc5RpDFMjc/. Acesso em: 23 de agosto de 2023.
2. Lacerda RA, Egry EY. As infecções hospitalares e sua relação com o desenvolvimento da assistência hospitalar: reflexões para análise de suas práticas atuais de controle. Rev. Latino-Am. Enfem. 1997;5(4). Disponível em:https://www.scielo.br/j/rlae/a/sKDHyVx4N6dKQPPhQY47Qgr/?lang=pt . Acesso em: 23 de agosto de 2023.
3. Ministério da Saúde. Portaria nº 2616, de 12 de maio de 1998. Dispõe sobre a prevenção de infecção hospitalar. 1998. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/1998/prt2616_12_05_1998.html. Acesso em: 23 de agosto de 2023.
4. Organização Mundial da Saúde. Guia para implementação da estratégia multimodal da OMS para melhoria da higiene das mãos. 2009. Disponível em: https://www.gov.br/anvisa/pt-br/assuntos/servicosdesaude/prevencao-e-controle-de-infeccao-e-resistencia-microbiana/GuiadeImplementaoestratgiamultimodaldemelhoriadaHM_LogosAtualizadas.pdf. Acesso em: 23 de agosto de 2023.
5 . World Health Organization. Global report on infection prevention and control 2022. Disponível em: https://www.who.int/publications/i/item/9789240051164. Acesso em: 23 de agosto de 2023.
6. Primo MGB, et al. Adesão à prática de higienização das mãos por profissionais de saúde de um Hospital Universitário. Rev. Ele. de Enferm. 2010;12(2):266-271. Disponível em: https://www.revistas.ufg.br/fen/article/view/7656/6907. Acesso em: 23 de agosto de 2023.
7 . Mota EC. Higienização das mãos: uma avaliação da adesão e da prática dos profissionais de saúde no controle das infecções hospitalares. Rev. Epidemiol. Control. Infect. 2014;4(1). Disponível em: https://online.unisc.br/seer/index.php/epidemiologia/article/view/4052. Acesso em: 23 de agosto de 2023.
8. Mertins SM, et al. Implementação de ações inovadoras fundamentadas na estratégia multimodal como prática para redução de infecções relacionadas à assistência à saúde. In: Resumo do 6º Congresso Internacional em Saúde; 2019; Ijuí, Brasil. 2019. Disponível em: https://scholar.google.com.br/scholar?cluster=8927079044006678903&hl=pt-PT&as_sdt=2005. Acesso em: 23 de agosto de 2023.
9. Porto MAOP, et al. Educação permanente em saúde: Estratégia de prevenção e controle de infecção hospitalar. Rev. Nursing. 2019;22(258):3362-3370. Disponível em: https://www.revistanursing.com.br/index.php/revistanursing/article/view/429/405. Acesso em: 23 de agosto de 2023.
10. Santana AS, et al. Influência da educação permanente em saúde para redução das taxas de infecção na unidade de terapia intensiva. In: Anais do VI Congresso Online - Gestão, Educação e Promoção da Saúde; 2017. Convibra; 2017. Disponível em: https://www.convibra.org/congresso/res/uploads/pdf/2017_56_14036.pdf. Acesso em: 23 de agosto de 2023.
11. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Medidas de prevenção de infecção relacionada à assistência à saúde. 2017. Disponível em: https://www.gov.br/anvisa/pt-br/centraisdeconteudo/publicacoes/servicosdesaude/publicacoes/caderno-4-medidas-de-prevencao-de-infeccao-relacionada-a-assistencia-a-saude.pdf. Acesso em: 23 de agosto de 2023.
12. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Nota Técnica nº 01/2023: Orientações para vigilância das Infecções Relacionadas à assistência à Saúde (IRAS) e resistência microbiana (RM) em serviços de saúde. Brasília: Anvisa; 2023. Disponível em: https://www.gov.br/anvisa/pt-br/centraisdeconteudo/publicacoes/servicosdesaude/notas-tecnicas/notas-tecnicas-vigentes/nota-tecnica-gvims-ggtes-dire3-anvisa-no-01-2023-orientacoes-para-vigilancia-das-infeccoes-relacionadas-a-assistencia-a-saude-iras-e-resistencia-microbiana-rm-em-servicos-de-saude/view Acesso em: 23 de agosto de 2023.
13. Rêgo TCR, Santana FF, Passos MAN. Atuação da enfermagem no controle da infecção hospitalar por bactérias multirresistentes: uma revisão bibliográfica. Rev. JRG de Est. Acad. 2023;6(13). Disponível em: http://revistajrg.com/index.php/jrg/article/view/550/583. Acesso em: 23 de agosto de 2023.
14. Oliveira DD, et al. Aparelho celular: risco de infecções hospitalares durante jornada de trabalho de profissionais da saúde. REAS. 2021;13(2). Disponível em: https://acervomais.com.br/index.php/saude/article/view/5921. Acesso em: 23 de agosto de 2023.

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