Healthtechs usam tecnologia a favor da saúde e ganham espaço no mercado brasileiro

As healthtechs vêm preenchendo importante lacuna no cenário nacional da saúde. São empresas que desenvolvem soluções inovadoras com o uso de tecnologia, em busca de melhorias no setor. 

Para isso, investem em soluções capazes de aperfeiçoar técnicas e procedimentos, otimizar o trabalho, diminuir custos e facilitar a relação entre médicos e pacientes. O Brasil conta hoje com centenas de startups no segmento e a tendência é de crescimento. 
 

Qual o conceito de healthtech no atendimento em saúde?

O Brasil possui mais de 500 startups consideradas healthtechs. No geral, o foco dessas empresas é:

• Apontar predisposições para doenças;
• Minimizar riscos de problemas de saúde;
• Personalizar dados pessoais para tratamentos;
• Melhorar a relação entre médicos e pacientes.

Os negócios que se enquadram nesse conceito recorrem ao que há de mais avançado na tecnologia, como a inteligência artificial, realidade virtual, internet das coisas, entre outras ferramentas. Esses recursos são aplicados, por exemplo, em pesquisas, no desenvolvimento de sistemas da informação, confecção de aplicativos, interfaces de comunicação, modelos de gestão e dispositivos vestíveis para monitoramento de condições de saúde. 

Vale ressaltar que o conceito de healthtech engloba especialmente a medicina preventiva, apoiada na premissa do atendimento primário de que prevenir doenças e realizar o diagnóstico precoce são medidas eficientes para a manutenção da boa saúde e redução de despesas médicas. 
 

Como as healthtechs funcionam? 

As healthtechs são startups, empresas de inovação, que funcionam como fonte de modernização do setor, liderando transformações. Seus produtos e serviços podem estar em qualquer uma das etapas do atendimento em saúde, como:

Prevenção - a tecnologia pode ser empregada em soluções que ajudem a aperfeiçoar métodos preventivos. As teleconsultas são exemplos de recurso para evitar e acompanhar problemas de saúde de uma grande parcela da população que tem o acesso dificultado a consultas médicas presenciais.

Diagnóstico - com o uso das ferramentas tecnológicas, tem sido possível desenvolver soluções para garantir maior precisão dos resultados de exames, assim como tornar os procedimentos menos invasivos.

Tratamento - tecnologias como big data e internet das coisas já estão à disposição dos profissionais para contribuir com a otimização de informações importantes para planejamento dos tratamentos em saúde.

Gestão - na gestão, a proposta é a desburocratização de processos que impactam negativamente o atendimento dos pacientes. Além disso, as healthtechs podem oferecer alternativas à limitação de recursos e tecnologias nas clínicas e hospitais. 
 

Qual o impacto das healthtechs nos planos de saúde tradicionais? 

Algumas healthtechs se dedicam ao segmento de planos de saúde – já existem cerca de 30 delas no mercado brasileiro. A maioria foca na atenção primária, mas oferecem outros serviços, como os convênios convencionais – geralmente com preços mais baixos, além de todo processo de contratação poder ser acionado de forma digital. Assim, as healthtechs concorrem com planos tradicionais e podem até, em alguns casos, ser uma alternativa ao Sistema Único de Saúde (SUS).

Não é à toa que este segmento segue em alta. Segundo o estudo “Evolução das startups no setor de saúde”, realizado pela Liga Ventures em parceria com a PwC Brasil, o número de healthtechs no Brasil cresceu mais de 16% entre 2019 e 2022, movimentando R$ 1,79 bilhão. 

O impulsionamento do setor também se deve à pandemia. Nesse cenário, as startups de saúde foram responsáveis por liderar a oferta de soluções fundamentais e que contribuíram para:

• Atendimento à distância (teleconsultas);
• Exames mais rápidos e precisos;
• Aquisição de medicamentos online;
• Disseminação de informações confiáveis online.

Com o reconhecimento do potencial das startups, os investimentos no setor continuam crescendo e devem financiar novas tecnologias para aprimorar tratamentos.
 

Qual deve ser o futuro das healthtechs?

A expansão das startups na área da saúde é vista por especialistas como um caminho sem volta. Isso significa que os planos de saúde também devem se adequar ao modelo proposto pelas healthtechs. Confira os aspectos positivos e negativos do modo como essas empresas atuam:

Vantagens:

Qualidade - a experiência proporcionada pelas healthtechs pode ser incorporada a hospitais, clínicas, laboratórios, entre outros equipamentos da saúde, com o propósito de qualificar os serviços. Nesse sentido, estão tecnologias para facilitar o atendimento de pacientes, assim como a rotina de todos os profissionais que atuam no local.

Tempo - a agilidade é um dos principais aspectos dos serviços das healthtechs e o tempo pode ser crucial para o diagnóstico e o tratamento de doenças. Além disso, o acompanhamento constante em teleconsultas permite o diagnóstico precoce e a prevenção de problemas de saúde.

Desvantagens:

Rede limitada - as startups costumam contratar menos profissionais e estabelecimentos em comparação às operadoras de saúde. 

Reajustes - a gestão das finanças de uma healthtech funciona como a dos planos de saúde: o montante pago mensalmente pelos beneficiários custeia a conta de quem fica doente. A diferença entre elas é que as startups possuem muito menos clientes e esse tipo de custo pode incidir no reajuste do valor cobrado pelos serviços. 

Referências
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https://revistapegn.globo.com/Startups/noticia/2020/08/healthtechs-em-dois-anos-numero-de-startups-de-saude-dobra-no-brasil.html - acessado em 20/08/2022 
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https://www.cnnbrasil.com.br/business/numero-de-startups-de-saude-sobe-161-no-brasil-em-3-anos-mostra-levantamento/#:~:text=Entre%20mar%C3%A7o%20de%202021%20e,33%2C39%25%20est%C3%A3o%20inativas. - acessado em 20/08/2022 
https://forbes.com.br/forbes-tech/2022/06/numero-de-healthtechs-brasileiras-cresceu-16-de-2019-a-2022/ - acessado em 20/08/2022 
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https://veja.abril.com.br/economia/a-potencia-das-health-techs-brasileiras-que-captaram-us-3443-mi-em-2021/ - acessado em 20/08/2022

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