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Importância da detecção de carbapenemases em cultura de vigilância

1. Importância da Cultura de Vigilância 
     
A colonização por bacilos Gram negativos resistentes aos carbapenêmicos (BGN-RC) é uma importante causa de infecção e uma das principais fontes de disseminação desses microrganismos nos sistemas de saúde e na comunidade1,2.
    
Culturas de vigilância são destinadas à detecção de pacientes colonizados, ou seja, indivíduos geralmente assintomáticos portadores de microrganismos epidemiologicamente importantes3.

A transmissão cruzada de BGN-RC é dependente de dois fatores; (a) existência de “reservatórios”, pacientes colonizados e superfícies contaminadas no ambiente e (b) “uma via de transmissão” representada principalmente pelas mãos dos profissionais de saúde. A detecção de pacientes colonizados permite o estabelecimento de medidas de precaução de contato visando o controle da transmissão destes agentes presentes de forma silenciosa nestes indivíduos4,5. Além disso, o transporte intestinal de genes de resistência alocados em elementos móveis, como plasmídeos e transposons, é uma importante fonte de transmissão interespécie e tanto Enterobacterales como BGN não fermentadores são capazes de servir como reservatórios e vetores4.

A colonização comumente é o primeiro passo para o desenvolvimento de uma infecção nosocomial. A identificação precoce de infecções evita o atraso da terapia antimicrobiana apropriada, preditor independente para mortalidade na sepse6,7.  O percentual de desenvolvimento de infecções em pacientes previamente colonizados por K. pneumoniae resistente a carbapenêmico varia de 9% a 32,5%, com maior percentual em pacientes após transplante hematológico8,9. Pacientes colonizados têm, em média, 1,79 vezes maior risco de morrer em terapia intensiva do que os pacientes não colonizados, principalmente ligados ao desenvolvimento de infecções e um aumento do tempo de permanência hospitalar 10.  
   
As infecções causadas por BGN-RC apresentam poucas opções terapêuticas e estão associadas a altas taxas de mortalidade11,12. A resistência aos carbapenêmicos em Enterobacterales  ocorre por meio da produção de carbapenemases, ou uma combinação de produção de ESBLs e/ou AmpC com perda/deficiência de porinas, bombas de efluxo ou mutações em proteínas de ligação à penicilina (PBPs)13,14. Destas, a  aquisição do gene de carbapenemase é a mais preocupante15, uma vez que ocorre mais frequentemente através da transferência de plasmídeos, que geralmente co-abrigam β-lactamases e outros determinantes de resistência, tornando essas cepas multirresistentes (MDR) ou extensivamente resistentes às drogas (XDR)16.    
 
Enterobacterales produtoras de carbapenemase (EPC) causam preocupação, nesse contexto, devido à resistência antimicrobiana de alto nível, disseminação clonal e transferência horizontal destes genes17.      
Carbapenemases incluem β-lactamases da classe A de Ambler (por exemplo, KPC e GES), classe B (MBLs, por exemplo, NDM, VIM, IMP e SPM) e classe D (por exemplo, OXA-48, OXA-181, OXA-23)13

O surgimento de resistência aos novos medicamentos, como foi observado com ceftazidima-avibactam torna a situação mais problemática18. Portanto, é crucial implementar medidas eficientes de controle de infecção para limitar a propagação desses patógenos.     

Pacientes colonizados têm a mesma importância epidemiológica dos clinicamente infectados e a vigilância ativa pode estimar melhor a pressão de colonização do que as culturas obtidas apenas a partir de amostras clínicas obtidas de pacientes infectados19,20.      
                    

2. Metodologias convencionais de cultura de vigilância 

A detecção de carbapenemases a partir da cultura de vigilância tradicional é feita pela identificação do crescimento do BGN-RC. No entanto, métodos fenotípicos e imunocromatográficos também podem ser aplicados nesta abordagem. Dentre os métodos fenotípicos atualmente utilizados na prática clínica, encontram-se21-43


(i) Métodos baseados em crescimento que medem a resistência aos carbapenêmicos com base no crescimento do microrganismo na presença de um antibiótico carbapenêmico; por exemplo, o método de inativação do carbapenêmico (CIM)21-26.


O CIM, descrito pela primeira vez em 201521, é baseado na hidrólise do meropenem (MEM) quando incubado com uma suspensão de um microrganismo produtor de carbapenemase. A sua descrição inicial relatou sensibilidade de 91 a 94% e especificidade de 99 a 100% para carbapenemases da classe A e para as carbapenemases do tipo OXA-48 e IMP a sensibilidade variou entre 50% a 91%22,23

A partir desta publicação, variações desta metodologia foram descritas buscando melhorar a sensibilidade e especificidade frente às diferentes carbapenemases24

Dentre elas, destacam-se o método de inativação do carbapenêmico modificado (mCIM), que modifica a primeira fase do teste, a inativação do carbapenêmico através do uso do caldo tríptico de soja (TSB), a extensão do tempo de incubação de 2 para 4 horas, apresentando para Enterobacterales sensibilidade de 99% e especificidade de 100%, e o aumento do inóculo bacteriano para P.aeruginosa (10 vezes) obtendo sensibilidade de 98% e especificidade de 95%25. Posteriormente, foi descrito o eCIM realizando a técnica do mCIM acrescido de 20µl de 0,5M EDTA para detecção de carbapenemases da classe B em Enterobacterales. A interpretação do mCIM e do eCIM deve ocorrer no mesmo momento, pois o eCIM só deverá ser interpretado quando o mCIM for positivo, ou seja, isolado produtor de carbapenemase 26

Estes testes requerem culturas com crescimento bacteriano puro, incubação overnight, não têm padronização para Acinetobacter baumannii, mas diferenciam classe A e B (se utilizado o eCIM) e apresentam-se como uma opção de baixo custo, acessíveis aos laboratórios de rotina24.
     
(ii) Métodos baseados em inibidores que podem ser usados para diferenciar a classe das carbapenemases; por exemplo EDTA, ácido dipicolínico (ADP), ácido fenilborônico (AFB), cloxacilina (CLOXA)27
     
Esses testes são baseados no uso de inibidores de β-lactamases e exibem especificidade em seu efeito hidrolítico, permitindo a caracterização da enzima em relação a sua classe, ao comparar a atividade de um disco de carbapenêmico na presença, e ausência do inibidor27.

Testes baseados em inibidores desenvolvidos para a detecção específica de produtores de MβL exploram a sua dependência aos íons de zinco e usam agentes quelantes como EDTA e ácido dipicolínico (ADP), associado a um carbapenêmico (imipenem e/ou meropenem) e/ou uma oximino-cefalosporina (ceftazidima) como compostos β-lactâmicos indicadores 28-30

Uma nota técnica da ANVISA (2013)31 recomenda o uso de 10 µl de EDTA 0,1M associado ao disco de carbapenêmico para Enterobacterales. Um teste é considerado positivo quando há um aumento do halo ou zona de inibição ≥ 5 mm quando comparado ao carbapenêmico sem o EDTA. 

Compostos de ácido borônico têm sido usados como inibidores para a detecção e caracterização de carbapenemases da classe A, principalmente KPC 27,31. As enzimas KPC são inibidas pelo AFB, mas não ocorre potenciação quando é adicionada a cloxacilina. Os hiperprodutores de AmpC com alteração ou perdas de porinas são inibidos pelo AFB, mas ocorre potenciação quando é adicionada a cloxacilina (CLOXA), considerando um aumento ≥5 mm da zona de inibição quando comparado ao carbapenêmico sem os inibidores 27

Até o momento, não existem inibidores disponíveis para as enzimas OXA-48-like. Alto nível de resistência à temocilina (CIM > 128 mg/L) tem sido proposto como um marcador fenotípico. No entanto, este marcador não é específico para carbapenemases do tipo OXA-48, uma vez que outros mecanismos de resistência podem conferir este fenótipo. A presença de enzimas OXA-48-like, portanto, deve ser confirmada com um método genotípico32 

Estes testes requerem culturas com crescimento bacteriano puro, incubação overnight, diferenciam classe A e B, apresentam baixo custo e sensibilidade variável de acordo com o tipo de carbapenemase e o microrganismo, com baixa acurácia para P.aeruginosa e A. baumannii27-32.     
     
(iii) Métodos de hidrólise que detectam produtos de degradação dos carbapenêmicos; por exemplo, Carba NP, Blue Carba, Carbapenembac® (PROBAC do Brasil, São Paulo, Brasil).
     
O teste de Carba NP (Carbapenemase Nordmann-Poirel) e o Blue Carba são testes colorimétricos baseados na detecção da hidrólise do carbapenêmico que resulta em um derivado carboxílico, que por sua vez diminui o pH produzindo mudança de cor ocasionada pela produção de carbapenemase33

O Carba NP consiste em lise celular seguida de incubação do lisado enzimático com imipenem e vermelho fenol por até 2 horas, onde a positividade é observada pela mudança da coloração avermelhada para laranja ou amarelo 33.

Modificações do Carba NP foram descritas aumentando a sensibilidade (84% a 99%) e a especificidade (em torno de 100%) para Enterobacterales e P.aeruginosa 36. O uso em Acinetobacter spp. exige algumas modificações nas condições de lise e inóculo bacteriano para melhorar a acurácia diagnóstica34-37

O Blue Carba, é uma metodologia semelhante, mas com protocolo mais simplificado, utiliza o indicador de pH azul de bromotimol 34. O teste possui uma maior sensibilidade, inclusive para as carbapenemases de tipo OXA e um tempo de resposta mais rápido do que o Carba NP. A positividade é evidenciada pela mudança de cor, que poderá variar de amarelo a esverdeado. O Blue Carba demonstrou 100% de sensibilidade e especificidade para detecção de carbapenemases em Enterobacterales, P.aeruginosa e A.baumannii 35,36.

Estes testes requerem culturas com crescimento bacteriano puro, incubação de 30 a 120 min, apresentam baixo custo, sobretudo quando os reagentes são preparados in house, com boa acurácia para Enterobacterales, P.aeruginosa e A.baumannii33-36.

O teste de Carbapenembac® (PROBAC, São Paulo, Brasil) é baseado na detecção da hidrólise do carbapenêmico ocasionada pela produção de carbapenemase. A diminuição do  pH produz mudança de cor em uma solução de iodo especial. Entre 15 a 30 minutos a cor escura do iodo torna-se clara (amarela esbranquiçada) na borda da tira, indicando teste positivo e a presença de atividade de carbapenemase. A hidrólise será evidenciada até sumir quase totalmente a cor preto/roxo, ficando apenas a amarela. Este tempo pode variar de 15 a 90 minutos após a colocação da Solução de iodo especial 37.

Para diferenciar entre as enzimas da classe A e B, pode-se utilizar as fitas Carbapenembac Metalo® (PROBAC do Brasil, São Paulo, Brasil) na qual a suspensão bacteriana é feita na solução seletiva contendo EDTA (PROBAC, São Paulo, Brasil). Esta substância bloqueia os íons Zinco das metalo-β-lactamases, tornando-a inerte, impedindo a formação de subprodutos da degradação, fazendo com que a prova com as fitas não seja mais positiva. Neste caso, se a fita permanece escura é porque a prova é positiva para MβL 38-39.

Estes testes não necessitam de incubação para extração, os resultados são obtidos em 15 a 90 minutos, com baixo custo, e permitem a discriminação das classes A e B ao utilizar o Carbapenembac Metalo®33-39
 
   
Ensaios imunocromatográficos de fluxo lateral 
     
Os métodos imunocromatográficos de fluxo lateral (ICT) são métodos baseados em anticorpos para identificar a presença de carbapenemases40. Eles permitem a detecção das principais carbapenemases como KPC, NDM, IMP, OXA-48-like e VIM40. O teste é baseado na utilização de nanopartículas de ouro coloidais ligadas à membrana de nitrocelulose sensibilizada com anticorpos monoclonais. A detecção é feita a partir de isolado bacteriano dentro de 15 minutos da migração com base na presença de linhas visíveis indicando um teste positivo 41.

Os ensaios de ICT produzem resultados com sensibilidade de 99% a 100% e especificidade de 95% a 99,7% 43-46

É importante ressaltar que estes ensaios foram capazes de detectar com precisão e rapidez isolados que produzem duas ou mais carbapenemases, sendo de fácil execução. O seu custo, no entanto, ainda é elevado40-43.     
     

3. Metodologias moleculares aplicadas à vigilância de carbapenemases      
                                        
Ensaios genotípicos automatizados que utilizam a tecnologia de PCR multiplex, microarray ou amplificação isotérmica realizados a partir do swab retal vêm sendo incorporados às rotinas laboratoriais para o rastreamento de colonização por patógenos que carregam genes de carbapenemases. O método traz vantagens como agilidade e facilidade na execução, tempo reduzido de “turnaround” (TAT), alta sensibilidade e especificidade, além da identificação do tipo de carbapenemase 44,45

Estas plataformas são projetadas para executar ensaios específicos, onde o usuário tem capacidade limitada para modificar o ensaio e a interpretação do resultado. São conhecidas como plataformas “sample-to-result”, onde a extração, amplificação e análise de ácidos nucléicos acontecem dentro do equipamento46,47. Dentre estas plataformas existem:
  

  • GeneXpert® (Cepheid, Sunnyvale, CA)46;      
  • BD Max® (BD, Sparks, MD)47.      


As principais características destas plataformas, incluindo alvos de detecção aprovados pelo FDA e tempo de resposta, estão relacionados na Tabela 1.    
 
Tabela 1. Plataformas moleculares automatizadas46,47    

 

Fabricante

Plataforma

Tecnologia

Testes aprovados pela FDA

Tempo de resposta

Cepheid GeneXpert® RT-PCR com
detecção baseada em sonda
fluorescente
genes carbapenemases
(KPC, NDM, IMP, VIM e OXA-48)
1 h
BD Diagnostic BD Max® RT-PCR com
detecção baseada em sonda
 fluorescente
genes carbapenemases
(KPC, NDM, IMP/VIM e OXA-48)
2,5 h


Tabela elaborada pelo autor.

4. Conclusão

A escolha do método para detecção de colonização depende dos patógenos mais prevalentes, das estratégias do serviço de controle de infecção hospitalar, estrutura do laboratório de microbiologia e recursos alocados para monitoramento4,5.

Métodos fenotípicos realizados a partir da cultura de vigilância, de um modo geral, apresentam limitações como: desempenho variável conforme o tipo e expressão da enzima, subjetividade de interpretação a depender da hidrólise enzimática e um elevado TAT, trazendo prejuízo às práticas de controle de infecção48. Dentre as vantagens encontram-se a acessibilidade, simplicidade, baixo custo e detecção de resistências emergentes.

Métodos genotípicos realizados a partir do swab retal são de simples execução, com baixa carga de trabalho, adaptado para o laboratório de rotina onde os resultados da PCR são interpretados no software, minimizando a subjetividade de interpretação. Além disso, os resultados podem ser salvos eletronicamente, facilitando a auditoria e revisão49. O método permite conhecer a epidemiologia local, sendo útil para adequar a terapia antimicrobiana, e permitindo a detecção precoce de surtos. Os resultados são substancialmente mais rápidos do que a cultura. Dentre as desvantagens, destacam-se a não detecção de carbapenemases que não estão incluídas entre os alvos e o custo elevado. No entanto, a melhoria dos procedimentos de controle de infecções poderia reduzir significativamente os custos com a saúde, limitando o aparecimento de grandes surtos hospitalares49.

Como parte dos esforços para prevenção de ERC, alguns países exigem que estes isolados sejam submetidos à determinação do gene de carbapenemase, não confiando apenas na determinação fenotípica. O CDC americano incentiva, mas não exige, que os laboratórios rastreiem a presença de carbapenemases específicas como KPC, NDM e OXA-48 50


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