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Como garantir a proteção ao paciente em meio a surtos da meningite?

A meningite ainda é uma doença bastante ativa no Brasil e no mundo1. Nos últimos anos, a imunização contra meningite tem apresentado queda, o que vem potencializando o aumento de casos e recentes surtos da doença. Em 2023, o Brasil enfrentou surtos em estados como Alagoas, São Paulo, Rio de Janeiro, entre outros1-4

O Brasil registrou 8.877 casos e 886 mortes pela doença de janeiro até o dia 12 de setembro de 2023. Já em São Paulo, de janeiro até o dia 14 de setembro de 2023, foram informados 3.857 casos de todas as meningites e 307 mortes5

Já em 2024, o Estado do Pará confirmou 09 casos de Doença Meningocócica e 02 óbitos no mês de janeiro15.

Apesar de poder ser causada por diferentes patógenos (bactérias, vírus, fungos e parasitas), a meningite bacteriana é a mais comum e, também, a mais perigosa6. Cerca de 1 em cada 6 pessoas que contraem meningite bacteriana morre e 1 em cada 5 apresenta complicações graves, como surdez, amputação de membros ou comprometimentos neurológicos4,6

As complicações se desenvolvem devido à liberação de toxinas bacterianas e à resposta imune do hospedeiro, que provocam danos neuronais. Os fatores associados ao aumento do risco de desenvolvimento de complicações neurológicas incluem idade jovem, início tardio do tratamento e a bactéria responsável pela infecção7. A doença pode ser fatal em 24 horas6.

Adolescentes e adultos jovens são um dos grupos etários que correm um risco maior de contrair meningite provocada pelo meningococo6,8. O Estado de Portador na adolescência é um grande sinal de alerta. Foi demonstrado cientificamente que os adolescentes são os maiores transmissores e portadores do meningococo, afetando principalmente as crianças. Além disso, adultos e idosos podem ser infectados9.

Nessa faixa etária, a convivência em grupos é muito maior e atividades como compartilhar copos, alimentos, beijos e aglomerações em festas facilitam a transmissão da doença. No entanto, o bom estado imunológico, em geral, ajuda a impedir que a bactéria penetre o organismo e cause danos mais graves9.

O meningococo acomete de 1.500 a mais de 3 mil brasileiros anualmente10. A maior parte dos casos foi registrada em crianças menores de 1 ano, e entre 1 e 4 anos11. Há cinco tipos (sorogrupos) de N. meningitidis responsáveis pela maior parte das doenças meningocócicas, que são: A, B, C, W e Y12. O sorotipo mais frequente no Brasil é o C, e, em crianças, o sorogrupo B11

Proteção vacinal

As vacinas contra meningococo e pneumococo oferecem proteção contra tipos comuns de meningite bacteriana6. Apesar de seguras e eficazes (em média, mais de 95% dos vacinados ficam protegidos), os imunizantes conjugados não conferem proteção para toda a vida. Mesmo quem teve a doença deixa de estar protegido com o passar dos anos10.

Por isso, a dose de reforço é fundamental9,10. As sociedades médicas recomendam, sempre que possível, o uso da vacina meningocócica conjugada ACWY em esquema vacinal que deve ser iniciado na rotina aos 3 meses de idade, com duas doses (intervalo de dois meses) e reforços entre os 12 e 15 meses; aos 5 anos ,11 anos e aos 16 anos de idades10,12.

É muito importante vacinar os adolescentes, mesmo aqueles já vacinados na infância com ACWY, considerando que os níveis de proteção de uma vacina recebida na infância caem drasticamente na adolescência9,10. No caso da Meningite B, entre 10 e 25 anos de idade, são recomendadas 2 doses com intervalo mínimo de 2 meses, somente para indivíduos que nunca foram vacinados anteriormente10,12.

Apesar de ser prevenível pela imunização, a cobertura vacinal no Brasil vem reduzindo drasticamente: a aplicação da vacina meningocócica C (conjugada), por exemplo, em menores de um ano de idade caiu, em apenas cinco anos, de 87,4% para 47%, de acordo com dados do Ministério da Saúde13

A meningite é uma doença grave que pode levar à morte ou deixar diversas sequelas. A melhor forma de evitá-la é a vacinação13

A vacina reduz a taxa de portadores, e, consequentemente, a transmissão da bactéria na comunidade, evitando surtos e epidemias14. Não deixe de conferir a carteira de vacinação dos seus pacientes.

Referência:
1 Our World in Data. Deaths from meningitis, by age, World, 1990 to 2019. Disponível em: <https://ourworldindata.org/grapher/deaths-from-meningitis-by-age>. Acesso em: 22 jan 2024.
2 Secretaria do Estado de Saúde de Alagoas. Há 20 dias Alagoas não registra casos confirmados de Doença Meningocócica, aponta Sesau - Saúde Alagoas. Disponível em: <https://www.saude.al.gov.br/ha-20-dias-alagoas-nao-registra-casos-confirmados-de-doenca-meningococica-aponta-sesau/>. Acesso em: 11 jan. 2024.
3 Secretaria do Estado de Saúde de Mato Grosso do Sul. Alerta Epidemiológico: Surto de Meningite em São Paulo. Disponível em: <https://www.vs.saude.ms.gov.br/wp-content/uploads/2023/10/Alerta-Numero-3-Alerta-Epidemiologico-Surto-de-Meningite-em-Sao-Paulo.pdf/>. Acesso em: 11 jan. 2024.
4 Secretaria do Estado de Saúde do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro monitora meningite meningocócica no norte do estado. Disponível em: < https://agenciabrasil.ebc.com.br/saude/noticia/2023-07/rio-de-janeiro-monitora-meningite-meningococica-no-norte-do-estado />. Acesso em: 11 jan 2024.
5CNN Brasil. Brasil registra 886 mortes por meningite em 2023. Disponível em: <https://www.cnnbrasil.com.br/saude/brasil-registra-886-mortes-por-meningite-em-2023/#:~:text=Vacina%C3%A7%C3%A3o%20abaixo%20da%20m%C3%A9dia%20em%20S%C3%A3o%20Paulo&text=De%20janeiro%20a%2014%20de>. Acesso em: 30 jan. 2024. 
6 World Health Organization. Meningitis. Disponível em: <https://www.who.int/news-room/fact-sheets/detail/meningitis>. Acesso em: 10 jan. 2024. 
7 ZAINEL, A.; MITCHELL, H.; SADARANGANI, M. Bacterial Meningitis in Children: Neurological Complications, Associated Risk Factors, and Prevention. Microorganisms, v. 9, n. 3, p. 535, 5 mar. 2021. 
8 Meningitis Research Foundation. Meningitis in Young Adults. Disponível em: <https://www.meningitis.org/meningitis/check-symptoms/teens-young-adults>. Acesso em: 22 jan 2024.
9 Vetter V, Baxter R, Denizer G, Sáfadi MAP, Silfverdal SA, Vyse A, et al. Routinely vaccinating adolescents against meningococcus: targeting transmission & disease. Expert Rev Vaccines. 2016;15(5):641-58.
10 Sociedade Brasileira de Imunizações (SBim). Doença Meningocócica. Disponível em: <https://familia.sbim.org.br/doencas/doenca-meningococica-dm>. Acesso em: 22 fev 2024. 
11. Ministério da Saúde. Situação Epidemiológica das Meningites no Brasil, Outubro de 2022. Disponível em: <https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/m/meningite/publicacoes/situacao-epidemiologica-das-meningites-no-brasil-2022.pdf/>. Acesso em: 11 jan. 2024.
12 Sociedade Brasileira de Pediatria – SBP. Calendário de Vacinação da SBP. Atualização 2023. Disponível em: https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/24158g-DC_Calendario_Vacinacao_-_Atualizacao_2023.pdf. Acesso em: 10 jan 2024.
13 Fiocruz. É preciso vacinar: o risco representado pela queda da cobertura vacinal contra meningite. Disponível em: < https://portal.fiocruz.br/noticia/o-risco-representado-pela-queda-brusca-da-cobertura-vacinal-contra-meningite>. Acesso em: 11 jan. 2024.
14 BALMER, P. et al. Impact of meningococcal vaccination on carriage and disease transmission: A review of the literature. Human Vaccines & Immunotherapeutics, v. 14, n. 5, p. 1118–1130, 4 maio 2018.
15 Governo do Estado do Pará. Alerta Epidemiológico nº1 – Tema: Doença Meningocócica. Disponível em: https://pae-consulta-publica.sistemas.pa.gov.br/index.php/download. Acessado em 22/02/2024.



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