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Conteúdo científico e confiável em Pediatria

SLIPE 2023

Fique por dentro dos principais tópicos abordados no XX Congreso Latinomericamo de Infectología Pediátrica que foi realizado na Costa Rica entre os dias 30/10/23 a 02/11/23.

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Novo olhar sobre a prevenção de doenças respiratórias imunopreveníveis em crianças

Panorama

Maria Luisa Ávila – Professora Associada de Pediatria e Diretora do Curso de Pós-graduação em Infectologia Pediátrica da Universidade da Costa Rica

Houve aumento de 23% nas detecções virais em 2020, quando comparado com 2019, provavelmente pela maior disponibilidade de provas diagnósticas. Entre 2021 e 2022, houve o dobro de casos, com aumento de 270% em comparação com 2019. Em 2022, atingiu-se o máximo histórico na detecção dos vírus respiratórios.1

Os vírus abrem caminho para o avanço das bactérias. Não só os vírus influenza e SARS-CoV-2, mas também o vírus sincicial respiratório (VSR). Esses vírus produzem uma interação com o epitélio respiratório, tornando-o mais propenso a infecções bacterianas posteriores.2 

Um exemplo é a incidência de doença pneumocócica invasiva (DPI), em Calgary, Canadá, entre 2020 e 2022. A incidência começou a aumentar em 2022, depois de diminuir entre 2020 e 2021 durante a pandemia de COVID. A incidência alcançou níveis da era pré-PCV13 no final de 2021 e 2,1 vezes maior para adultos no quarto trimestre de 2022. Em 2022, o principal sorotipo em adultos foi o 4, que representou 28,4% dos casos. Essa recuperação pode estar relacionada com as altas taxas de atividade viral no inverno de 2022, após cessarem as restrições, juntamente com o atraso das vacinas infantis durante a pandemia.3

Reflexões sobre a vacinação de crianças após a pandemia de COVID-19 
   
Rolando Ulloa-Gutiérrez – Especialista em Infectologia Pediátrica do Hospital Nacional de Niños de Costa Rica

Dados da Organização Mundial da Saúde publicados no final de outubro de 2023 sobre a cobertura vacinal global mostraram que, em relação ao número estimado de zero dose e crianças vacinadas incompletamente, as Américas estão em melhor situação que outras partes do mundo, como a África e o Sudeste Asiático, mas certamente ainda é necessário muito trabalho para melhorar a cobertura vacinal nos países americanos.4

Uma pesquisa com os pais sobre atitudes e comportamentos em relação à vacinação contra o meningococo durante a pandemia incluiu Reino Unido, Alemanha, Itália, França, Brasil, Argentina, Austrália e Estados Unidos. Nesses países, quase 83% de todos os pais acreditavam que era importante continuar a vacinação durante a pandemia. Apesar desse dado, apenas 56% acreditavam que a vacina COVID-19 era importante, enquanto 52% pensavam que a vacina influenza era importante. Outro ponto impactado foram as consultas pediátricas: 46% foram canceladas durante a pandemia.5

É essencial comunicar instruções claras aos profissionais de saúde e à população em geral e fornecer precauções de segurança adequadas nos centros de vacinação. Essas ações auxiliam na manutenção das taxas de vacinação e na limitação das infecções para prevenir futuros surtos.5

Visão geral da prevenção da doença pneumocócica em crianças após a pandemia de COVID-19: novos conhecimentos

Ron Dagan – Professor de Pediatria e Doenças Infecciosas na Universidade Ben-Gurion, Negev, Israel

Vários estudos demonstraram forte correlação entre a infecção pelo VSR e a ocorrência de DPI em crianças, especialmente pneumonia pneumocócica.6-8 Há alguns fatores que aumentam a possibilidade de coinfecção ou infecção secundária por pneumococos após a infecção pelo VSR, como aumento da aderência e da densidade de colonização do pneumococo e inflamação e dano do tecido com redução dos mecanismos naturais de proteção dos pulmões contra o pneumococo após a infecção pelo VSR.9 Além da detecção de o Streptococcus pneumoniae ser significativamente mais frequente durante infecções por VSR, em comparação com outros vírus respiratórios, a codetecção de ambos os patógenos foi associada a maior gravidade da doença (tamanho do efeito ajustado: 1,2, p: 0,03).9

Outro ponto interessante é que, após a introdução da vacina pneumocócica conjugada 7-valente (PCV7) nos Estados Unidos, observou-se um declínio significativo nas hospitalizações por VSR em crianças com idade menor que 1 ano (-18,0%, intervalo de confiança [IC] de 95%: -22,6%, -13,1%, para 2004/2005 a 2008/2009 versus 1997/1998 a 1999/2000).8

Um estudo realizado em Israel com crianças menores de 5 anos de idade entre 2016 e 2021 demonstrou que, em comparação com 2016 a 2019, foram observados grandes declínios na DPI e em infecções das vias aéreas inferiores logo após o aumento da pandemia, coincidente com o desaparecimento completo de todos os vírus associados a pneumonias e a doenças pneumocócicas (PDA). A circulação de rinovírus e adenovírus permaneceu contínua. A partir de abril de 2021, ocorreram picos abruptos e fora de época de todos os desfechos da doença, associados a uma dinâmica semelhante entre os vírus PDA, que ressurgiram sequencialmente. Em 2021, 82% dos episódios de pneumonia alveolar adquirida na comunidade (CAAP) foram atribuíveis aos vírus respiratórios comuns (VSR, 49%; metapneumovírus humano, 13%; parainfluenza, 11%; influenza, 7%). Não houve contribuição de rinovírus e adenovírus. Dessa forma, o VSR foi o principal contribuinte em todos os desfechos, especialmente em lactentes. A prevalência da colonização por pneumococos permaneceu praticamente estável ao longo do estudo.10

Em 2019, esse mesmo grupo israelense publicou um estudo que comparou o período PCV13 (2014 a 2017) com o período pré-PCV (2004 a 2008). A implementação da PCV7/PCV13 resultou num declínio acentuado nos casos de CAAP (-49%), nas infecções das vias respiratórias inferiores não CAAP (-34,2%) e nas taxas globais de consultas com radiografias em crianças menores de 5 anos de idade (-36,5%). Esses resultados sugerem que, embora as infecções das vias respiratórias inferiores não CAAP geralmente não sejam consideradas pneumocócicas, muitas podem ser prevenidas pela PCV.11

Em conclusão, as coinfecções virais parecem ser a regra, e não a exceção, na pneumonia bacteriana da primeira infância. No final, o professor Ron Dagan sugeriu que as vacinas contra o VSR podem ser uma vacina antipneumocócica "ideal", com efeito não específico em sorotipos e deixando a microbiota pneumocócica normal intacta.


Referências
1. Maison N, Omony J, Rinderknecht S, Kolberg L, Meyer-Bühn M, von Mutius E, et al. Old foes following news ways? – Pandemic-related changes in the epidemiology of viral respiratory tract infections. Infection. 2023 Aug 29. doi: 10.1007/s15010-023-02085-w. 
2. Sender V, Hentrich K, Henriques-Normark B. Virus-Induced Changes of the Respiratory Tract Environment Promote Secondary Infections with Streptococcus pneumoniae. Front Cell Infect Microbiol. 2021;11:643326. 
3. Ricketson LJ, Kellner JD. Changes in the Incidence of Invasive Pneumococcal Disease in Calgary, Canada, during the SARS-CoV-2 Pandemic 2020-2022. Microorganisms. 2023;11(5):1333. 
4. Kaur G, Danovaro-Holliday MC, Mwinnyaa G, Gacic-Dobo M, Francis L, Grevendonk J, et al. Routine Vaccination Coverage - Worldwide, 2022. MMWR Morb Mortal Wkly Rep. 2023 Oct 27;72(43):1155-61. 
5. Tan LLJ, Safadi MAP, Horn M, Regojo Balboa C, Moya E, Schanbaum J, et al. Pandemic's influence on parents' attitudes and behaviors toward meningococcal vaccination. Hum Vaccin Immunother. 2023;19(1):2179840. 
6. Ampofo K, Bender J, Sheng X, Korgenski K, Daly J, Pavia AT, et al. Seasonal invasive pneumococcal disease in children: role of preceding respiratory viral infection. Pediatrics. 2008;122(2):229-37. 
7. Murdoch DR, Jennings LC. Association of respiratory virus activity and environmental factors with the incidence of invasive pneumococcal disease. J Infect. 2009;58(1):37-46. 
8. Weinberger DM, Klugman KP, Steiner CA, Simonsen L, Viboud C. Association between respiratory syncytial virus activity and pneumococcal disease in infants: a time series analysis of US hospitalization data. PLoS Med. 2015;12(1):e1001776. 
9. Brealey JC, Chappell KJ, Galbraith S, Fantino E, Gaydon J, Tozer S, et al. Streptococcus pneumoniae colonization of the nasopharynx is associated with increased severity during respiratory syncytial virus infection in young children. Respirology. 2018;23(2):220-7.
10. Dagan R, van der Beek BA, Ben-Shimol S, Greenberg D, Shemer-Avni Y, Weinberger DM, et al. The COVID-19 pandemic as an opportunity for unravelling the causative association between respiratory viruses and pneumococcus-associated disease in young children: a prospective study. EBioMedicine. 2023;90:104493. 
11. Ben-Shimol S, Dagan R, Givon-Lavi N, Avital D, Bar-Ziv J, Greenberg D. Use of Chest Radiography Examination as a Probe for Pneumococcal Conjugate Vaccine Impact on Lower Respiratory Tract Infections in Young Children. Clin Infect Dis. 2020;71(1):177-87. 


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